O TRISTE FIM DE DUAS ALMAS PERDIDAS QUE JULGARAM SER AMADAS

A casa de pinho é pequenina,
Velha, úmida, mas aconchegante.
Quem levo lá? A rival feminina?
Ladra de homem e fútil amante.

Num vil gesto, mundano e profano,
Fui traida no pecado da luxúria.
Delito assassino e insano,
Faca ao ventre e sons de lamúria.

Oh! Deus intervenha por minha alma.
— Matar-te devo e minhas mãos sujar?
Pois nas trevas do inferno irei queimar.

Seu corpo frio nas minhas mãos espalma.
A sua morte anuncia o meu pesar.
— Te encontro lá só pra te atormentar.

Poema Barroco Lírico
Autoria: Gabriela Cunha de Oliveira
Abril/2007